Para muitos jogadores e equipes, o Brasileirão já está em clima de fim de festa. E, de certa forma, o Vasco não foge à regra, uma vez que o planejamento para 2008 já começou a ser desenhado e só lhe resta, neste ano, lutar agora pela vaga na Sul-Americana. No entanto, um jogador em especial tem motivos de sobra para entrar com tudo nos dois últimos jogos do torneio e ser o símbolo da "virada" vascaína para o ano que vem: o apoiador Morais.
Com fome de bola, o jogador lembrou que, para ele, a temporada está apenas "começando":
"Tenho que pensar como se isso fosse um novo início para mim. Vou buscar novamente meu espaço, já que temos jogadores de qualidade no meio-de-campo. Eu me sinto como se tivesse com 17 anos e estreando de novo", ressaltou.
Além da sede de voltar a conquistar um título - algo que não ocorre há quatro anos -, o Vasco de Morais precisa retomar um hábito pelo qual sempre foi notabilizado: ser o time da virada. Neste campeonato, só uma vez, contra o Goiás, reverteu um placar adverso. E em nove oportunidades, saiu atrás e não reagiu. Quatro vezes, o placar de 1 a 0 se repetiu, e mais três, o de 2 a 0.
Além do jogo contra o rival catarinense, que foi encarado como uma verdadeira derrota, frente ao Palmeiras, no Palestra Itália, e ao Cruzeiro, no Mineirão - ambos no primeiro turno - o Vasco abriu vantagem, mas foi superado. Por isso, a força de Morais, jogador de velocidade e chute forte, precisa ser considerada. Morais ainda garantiu pensar em Seleção Brasileira:
"Minha temporada foi muito ruim, já que, além de só ter feito três gols e não ter ajudado muito o Vasco, estava sendo lembrado em pré-convocações", relembrou.
A vontade de Morais é tão grande que ele está com saudade até de se concentrar, algo abominado pela maioria de seus colegas:
"Nesse período afastado, fiquei com saudade da rotina, até mesmo da concentração. Hoje, se precisasse, me concentraria quatro, cinco dias antes", brincou. Tudo isso, Morais?! "Ah, é bom fazer uma mediazinha com o professor também", assumiu, arrancando risos dos jornalistas presentes.
"O time precisa de tempo para treinar, para se adaptar a certos esquemas táticos".
Fonte: Jornal dos Sports