Morais critica postura do Bahia: 'Precisamos mudar é a cabeça'

O técnico Márcio Araújo já teve tempo de conhecer melhor o elenco do Bahia e vai fazer alterações para o duelo diante do Brasiliense, no sábado, em Pituaçu, pela Série B. Contudo, para o meia Morais, que criticou o desempenho do time na derrota para o Coritiba, isso é o que menos importa.

- Não podemos entrar daquele jeito. Esse negócio de esquema é relativo. Precisamos mudar é a cabeça - disse o jogador, em entrevista ao Jornal Correio.

Márcio Araújo deve começar jogando com três homens de criação no meio campo e apenas um atacante na frente, voltando à formação do Bahia no início da Série B, ainda sob o comando de Renato Gaúcho. Além de Morais, Vander e Rogerinho serão titulares. Ananias está machucado.

A dúvida do treinador é no ataque. Suspenso pelo terceiro amarelo, Rodrigo Grahl vai cumprir suspensão. Jael sentiu dores no púbis e espera por exames para saber se vai poder jogar. Se a ausência for confirmada, Aleílson, Adriano, Mendes e Itacaré são os candidatos à vaga.

Morais, ex-Vasco, pode reforçar o Grêmio

Renato Gaúcho nem chegou a Porto Alegre e seu trabalho já está presente no Grêmio. Além da dispensa de Rodrigo, que ocorreu nesta quarta-feira, dois jogadores foram indicados. Morais e Ávine, que estão no Bahia, foram citados como possíveis reforços a serem analisados.

Morais é mais conhecido do que seu colega. O meia teve passagens pelo Atlético-PR, Vasco e Corinthians, antes de chegar ao Bahia, neste ano. Com 26 anos, o jogador se destaca pela velocidade e pode jogar na terceira e na quarta função do meio campo. Além disso, Morais é bom batedor de falta e tem a confiança de Renato.

'Vamos esperar para ver quem iremos trazer. O Renato vai chegar na quinta-feira e vamos conversar com ele para decidir quem será contratado. Estamos passando por um momento muito delicado e temos um jogo difícil na quinta, então temos que ter calma', explicou Alberto Guerra.

Sem grandes indícios, a direção não garante nem descarta a chance de contratar ambos os jogadores.

Morais marca e Bahia vence na despedida de Renato Gaúcho

O técnico Renato Gaúcho dá adeus ao Bahia com a sensação de dever cumprido em sua despedida. No seu último jogo pelo clube, o time venceu o Paraná por 2 a 1, em Pituaçu e se aproximou do G-4 da Série B. Na quinta-feira, o treinador será apresentado pelo Grêmio, onde é ídolo pela conquista do Mundial de 1983 como jogador.

Com a vitória, o Bahia agora aparece na sexta posição, com 23 pontos, a um de distância do Figueirense (terceiro colocado), São Caetano (quarto) e Náutico (quinto). O Paraná segue com 19 pontos, mas caiu para o décimo lugar.

O Paraná deu o primeiro susto. Aos 16 minutos, Bocão chutou na trave e, no rebote, Marcelo Toscano mandou para a rede, mas o árbitro marcou impedimento. Cinco minutos depois, quem chegou foi o time da casa, e desta vez não teve jeito. No contra-ataque, Ávine cruzou para Morais que, de voleio, abriu o placar.

O primeiro tempo seguiu movimentado e com boas chances, mas a rede só voltou a balançar na etapa final. Alessandro Lopes agarrou Jael na área e o árbitro marcou pênalti. O próprio Jael cobrou e ampliou para o Bahia, aos 14.

O time paranista descontou três minutos depois. Mesmo com a cabeça enfaixada, Alessandro Lopes completou o cruzamento de Vinicius para marcar. A equipe visitante ainda tentou pressionar em busca do empate, mas não conseguiu superar a retranca baiana.

Perto de chegar a 100%, Morais pede calma à torcida

Considerado, na teoria, o principal reforço do Bahia para a temporada, o meia Morais ainda não rendeu o esperado, mas acredita estar em uma crescente. Apesar de boa parte da torcida pedir a sua saída do time titular para a entrada de Vander ou Jael, o jogador, que foi aplaudido ao ser substituído no segundo tempo contra o Figueirense, pede calma e tem a resposta na ponta da língua para as cobranças. “Acontece que o torcedor espera que eu resolva em todas as jogadas. As coisas não são assim, é complicado, mas, a cada jogo, estou me sentindo bem, pegando ritmo e falta pouco para chegar a 100%”, espera.

Comentando a atuação contra a equipe catarinense, quando mudou de posição durante a primeira etapa, Morais afirmou que aconteceu naturalmente. “Gosto de ficar centralizado mesmo. Comecei pela direita e depois recuei para aproveitar aqueles espaços. Do jeito que eu estava jogando não ia conseguir ajudar. Só iria me cansar sem produzir, correndo daquele jeito afastado dos companheiros. Ali, recuado, próximo aos volantes, eu consegui observar melhor o jogo e ajudar mais os companheiros”, acredita.

Ainda sobre posicionamento, o jogador falou sobre a preferência de jogar com três meias ou dois atacantes. “É relativo, parceiro. Por exemplo, ali no início do segundo tempo contra o Figueirense, perdemos várias chances de matar o jogo nos contra-ataques em um esquema mais ofensivo com um volante, três meias e dois atacantes. O que falta é encaixar”, observou. Alagoano de Maceió, Morais não conhece Arapiraca, local do jogo de sábado (7), às 16h10, contra o Asa, mas terá uma torcida extra na partida. “São só duas horinhas de viagem, no máximo. A galera (família e amigos) deve descer em peso para nos apoiar. Precisamos de todo o apoio para vencermos”, finalizou.