sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Morais desfalca o Corinthians contra o Paraná
Morais não será o único desfalque da equipe paulista. O zagueiro William e o lateral-esquerdo André Santos receberam o terceiro cartão amarelo na vitória por 2 a 0 sobre o Ceará e terão que cumprir suspensão automática no sábado. Eles serão substituídos por Fábio Ferreira e Wellington Saci.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Presidente do Corinthians quer exercer a opção de compra de Morais
Tanto que a diretoria corintiana, que o contratou em agosto deste ano por empréstimo até julho de 2009, afirmou seu desejo de mantê-lo no seu elenco por mais tempo.
- Vamos exercer a opção de compra. Ele é jovem e caiu como uma luva no time. Espero que ele tenha anos felizes aqui - afirmou o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, à Rádio Manchete.
Com 23 anos, Morais estava sendo bastante criticado pela torcida vascaína e após protestos de um grupo de torcedores em São Januário decidiu não atuar mais pelo clube, sendo então negociado.
- Ainda não conversamos sobre isso com o Vasco, temos até julho. Vamos aguardar mais algums meses e fazer a opção - lembrou Andrés Sanchez.
O valor dos direitos de Morais, de acordo com o contrato, é de U$3 milhões, ou, atualmente, cerca de R$6.700 milhões.
Gripado, Morais fica em São Paulo
Além de Morais, o zagueiro William é outro titular da campanha líder do Campeonato Brasileiro da Série B que ficou em São Paulo.
sábado, 25 de outubro de 2008
Timão vence e está de volta à Série A!
A partida começou com o Corinthians dominando o jogo, sem dar chances ao Ceará. Logo aos 8min da primeira etapa, o atacante Herrera venceu jogada na raça, driblou o zagueiro adversário e bateu para o gol. A bola explodiu na trave e sobrou para Douglas, que bateu no canto esquerdo do goleiro, abrindo o placar e levando a torcida ao delírio. Após o gol, a equipe cearense permaneceu sem levar perigo ao goleiro Felipe, enquanto o Timão seguia atacando.
A pressão corinthiana permaneceu após o intervalo. Tanto que, logo aos 4min da segunda etapa, Cristian cobrou falta com força, o goleiro espalmou e a bola sobrou para Chicão, retornando ao time após ser absolvido de punição, completar para o gol, fechando o placar para o alvinegro. Com o resultado garantido, a Fiel vibrou com a vitória do Paraná diante do Barueri, que garantiu matematicamente o retorno do Timão à Série A, principal objetivo da equipe neste ano.
O apito final fez explodir a torcida que, emocionada, assim como os jogadores, comemorou a vitória que significou a redenção da equipe. O time todo deu a volta olimpica e fez questão de agradecer à Fiel, que não deixou de apoiar a equipe durante todos os jogos.
O próximo desafio do Timão na Série B será no próximo sábado, novamente no Pacaembu, contra o Paraná, buscando a confirmação do título.
sábado, 18 de outubro de 2008
Morais festeja “recompensa” por preparação
O Corinthians se preparou cuidadosamente para a partida contra o Bahia, no sábado. O meia Morais, inclusive, acredita que a vitória por 3 a 0 foi a recompensa pela longa preparação do Timão para o confronto em Feira de Santana.
“Nós viemos para a Bahia já na quinta para nos acostumarmos com o clima e descansar. Por causa disso, fomos recompensados”, afirmou o atleta, autor do primeiro gol no triunfo de sábado.
O time de Mano Menezes treinou na manhã de quinta-feira em São Paulo e já viajou para Salvador logo em seguida, treinando na capital baiana na sexta-feira. Morais, então, acredita que o Corinthians se acostumou ao calor até o momento da partida de sábado, em Feira de Santana.
“Tanto deu certo que, apesar do calor, nossa equipe se comportou muito bem no segundo tempo. No intervalo, eu falei para continuarmos em cima porque eles não agüentariam, e foi o que aconteceu”, avaliou.
Com a vitória, o Corinthians ficou ainda mais perto do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. O Timão garantirá matematicamente seu acesso se vencer o Ceará no sábado e também contar com derrota do Vila Nova (contra Ponte Preta) ou do Barueri (diante do Paraná).
Morais marca e Corinthians fica a um passo da série A
O Corinthians está muito perto de garantir seu retorno à elite do Campeonato Brasileiro. Na
tarde deste sábado, o Timão quebrou a série de três empates consecutivos, venceu o Bahia por 3 a 0, no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Salvador, e poderá assegurar a vaga na Série A na próxima rodada. Morais e Dentinho, duas vezes, marcaram os gols da partida.
Líder isolado, com 67 pontos, o Alvinegro precisa vencer o Ceará, no próximo sábado, no Pacaembu, e torcer para uma derrota do Barueri para o Paraná, também no sábado, na Grande São Paulo, ou do Vila Nova diante da Ponte Preta, sexta-feira, em Goiânia. Ambos estão com 51 pontos. Caso isso aconteça, o Corinthians abriria 19 pontos para o quinto colocado, restando apenas 18 em disputa.
Já o Bahia continua em posição intermediária e deverá disputar as últimas rodadas apenas para cumprir tabela. Com o ponto obtido, o Tricolor sobe para 42, na 11ª posição, sem chances de ficar entre os quatro melhores e com possibilidades reduzidas de descer novamente à Série C.
Os minutos iniciais deram a impressão que o Bahia pressionaria o Corinthians, principalmente chegando com facilidade ao campo de ataque com o lateral-esquerdo Ávine. O Corinthians, porém, foi mais eficiente. No primeiro lance de perigo, chegou ao gol em falha da defesa adversária. Aos oito minutos, Douglas cobrou escanteio pela direita e o baixinho Morais apareceu na primeira trave para desviar de cabeça.
A vantagem fez os paulistas jogarem nos contra-ataques, sobretudo explorando a velocidade do artilheiro Dentinho. Com o sistema defensivo do Bahia atrapalhado, o Timão quase marcou o segundo, aos 14. Douglas cobrou falta para a área, Fábio Ferreira apareceu livre, mas desviou de cabeça por cima.
Apesar de ter mais posse de bola, os baianos tinham dificuldade em finalizar. Isso ficou comprovado, aos 30, quando o atacante Paulo Roberto fez boa jogada pela direita e levantou a bola para a área. O veterano Marcelo Ramos pegou de primeira, mas errou o alvo e mandou a bola por cima do gol. Cinco minutos mais tarde, Emerson Cris arriscou de fora da área e Felipe espalmou no canto direito.
No final da primeira tapa, o Corinthians por muito pouco não fez o segundo. Aos 46 minutos, Wellington Saci deu belo passe para Bebeto na direita. O atacante dominou e bateu forte. A bola passou raspando a trave direita de Darci e saiu pela linha de fundo.
O segundo tempo pouco mudou o que as equipes apresentaram no primeiro. Logo depois de sacar o ala Luciano Baiano e colocar o meia-atacante Caio, o Bahia sofreu o segundo gol, aos 12. Wellington Saci tocou para Bebeto fazer o corta-luz na área. Dentinho ficou com a bola e bateu forte, no canto direito, marcando o 22º gol dele na temporada, artilheiro isolado do Timão.
Mesmo com o jogo praticamente decidido, o Bahia ainda encontrou forças para assustar o goleiro Felipe, aos 21. Ávine cruzou da esquerda, a bola passou por Paulo Roberto e sobrou para Marcelo Ramos. O centroavante bateu forte, raspando a trave esquerda de Felipe, para desespero do torcedor tricolor.
Com Otacílio Neto no lugar de Bebeto, o Corinthians ganhou em velocidade no ataque. Mesmo assim, conseguiu marcar o terceiro, novamente Dentinho, aos 34. O atacante recebeu passe pelo meio, ajeitou sem marcação e soltou a bomba. A bola tocou no gramado e impediu que o goleiro Darci fizesse a defesa.
A partir dos 3 a 0, a Fiel começou a festa no estádio Jóia da Princesa. Enquanto a torcida alvinegra comemorava a aproximação do acesso, o Bahia ainda tentou descontar, mas sequer criou uma chance de perigo. Irritada, os torcedores do Tricolor jogaram objetos no gramado, o que poderá causar em uma punição ao clube nos últimos jogos.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Morais comemora: 'Voltei a ser feliz'
-Minha maior valorização aqui no Corinthians foi ter voltado a ser feliz-, contou Morais, chateado particularmente com a torcida cruzmaltina.
-Não é nada contra o Vasco, mas a situação em que eu me encontrava por lá. Havia 30 jogadores no elenco e eu era o único que não prestava. Lá, recebi troféus de melhor jogador em várias competições, mas na cabeça do torcedor eu parecia uma ferida-, lamentou.
Morais também destacou como fator positivo no Corinthians o fato de que não vem sendo pressionado por atuar de forma brilhante em todas as partidas. Embora deixe claro que nunca tenha se sentido mal com as cobranças, o camisa 9 admitiu que está mais à vontade em um grupo mais heterogêneo como o do Timão.
- Já tinha vivido períodos de pressão no Vasco e mesmo assim ia com vontade para os treinamentos. Minha felicidade está em acordar, lavar o rosto de manhã e sair feliz para o local de trabalho. Lá eu tinha que arrebentar. Queriam que eu pegasse a bola no meio do campo e driblasse todo mundo. Aqui a gente divide a pressão.
O meia atualmente no Corinthians aproveitou para esclarecer que não guarda mágoa alguma do clube de São Januário e nem do técnico Antônio Lopes, com quem teve poucas oportunidades para trabalhar durante a passagem do Delegado pelo Vasco.
-Meu problema nunca foi com o treinador. O Lopes inclusive foi quem me colocou para jogar em 2003, quando eu era um moleque. Sou muito grato a ele-, declarou Morais, que ainda conserva as amizades que formou no clube cruzmaltino.
-Não dá para perder o contato, estamos sempre conversando.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
"Mercadoria", Morais diz que sempre procura saber detalhes de contrato
Questionado sobre a situação de André Santos, que teve 50% dos direitos vendidos sem conhecer os novos proprietários, meia do Corinthians diz que sempre se interessa pelas partes envolvidas em sua carreira.
- Dos meus negócios eu fico sempre sabendo o que os envolve. Junto com meu pai procuro saber tudo o que rola com meu nome. A gente ás vezes é mercadoria e temos que ficar ligado nas mãos de quem vamos ficar - lembrou.
Morais fala sobre o gramado da Jóia da Princesa
“O calor vai ser forte para as duas equipes, mas a dificuldade maior mesmo deve ser o campo”, iniciou o meia Morais. “O time deles está mais bem adaptado ao gramado de lá. Não adianta querer ficar de muito toquinho. Com as dificuldades, vamos ter que inclusive mudar o nosso estilo de jogo”, acrescentou.
O lateral-esquerdo Wellington Saci não teve opinião muito contrária à de Morais, mas ressaltou a importância da auto-entrega do elenco corintiano em Feira de Santana. “Nunca joguei na Jóia da Princesa e nosso time não conhece o gramado. O Bahia é uma forte equipe e já conhece o campo, mas o Corinthians pode se sobressair se nos ajudarmos e dermos o nosso máximo”, corroborou.
O que pode ajudar a vida do Timão no embate com o Bahia é a possibilidade da entrada do atacante Bebeto para a vaga do argentino Herrera, contundido. De acordo com Morais, a presença do centroavante entre os titulares facilitará para os jogadores mais rápidos do Corinthians se sobressaírem.
“Nesse jogo, a bola vai ficar viva o tempo inteiro e vamos precisar de um jogador mais forte na frente para prender os zagueiros, e nós da armação ficamos mano-a-mano com a marcação ou até mesmo sozinhos. E esticar a bola no Bebeto será uma boa opção para atletas como Dentinho, Douglas e eu, pois viríamos de trás para o chute”, analisou o ex-vascaíno.
Para ficar, Morais torce por queda do dólar e provoca: 'Vasco foi caridoso'
Se quiser seguir com Morais em seu elenco, o Corinthians precisará desembolsar US$ 3 milhões. Quando ele chegou do Vasco e a economia estava estável, o valor convertido não chegava a R$ 5 milhões. Hoje, a cifra saltaria para mais de R$ 6,5 milhões.
"Estou na torcida e fico ligado todo dia para ver se o dólar cai. Torço para os bancos comprarem muito dólar e para todo mundo viajar para também comprar dólar, aí o real vai dar uma valorizada. Ele já chegou a bater R$ 2,40, aí não dá", lamentou o atento Morais.
Mas toda a dedicação do armador não é por apreço ao mundo da economia. Em boa fase no Corinthians, Morais se define como um jogador feliz novamente. Dizendo-se perseguido por vascaínos e imprensa, ele pediu para deixar o clube carioca para buscar novos ares. E gostou de sua escolha.
"Aqui voltei a ser feliz, a acordar cedo louco para sair de casa e ir trabalhar, coisa que não acontecia mais no Vasco. Lá eu era o único que não prestava, não dava para entender", argumentou.
Com o ânimo renovado e desfrutando de prestígio com Mano Menezes, Morais agora só pensar em fazer um bom trabalho para continuar no Corinthians. Questionado se vale os US$ 3 milhões estabelecidos em contrato, o meia esbanjou bom humor. E classificou o valor como uma pechincha.
"Eu pagaria dez milhões de euros por mim. Minha mãe pagaria até mais. O Vasco foi até caridoso em deixar meu passe estipulado nesse valor. Sem dúvida, o Corinthians não pode deixar essa oportunidade passar", respondeu Morais, cheio de jogo de cintura.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Suposto interesse do Flamengo em contratar Morais, gera polêmica entre Vasco e Flamengo
Diante do panorama, a diretoria rubro-negra poderia ligar para o presidente cruzmaltino, Roberto Dinamite, e tentar “suavizar” as palavras de Braga.
- Eu ligar? Não tenho por que fazer isso. Ele é quem me deve uma ligação. Ficou de me dar uma resposta e estou esperando até hoje – diz o vice de futebol do Flamengo, Kleber Leite, por telefone.
O dirigente fez referência à proposta que apresentou para contratar o apoiador Morais, atualmente no Corinthians.
Na última segunda-feira, Marcio Braga disse que, apesar de a equipe cruzmaltina ser fraca, o clássico será o jogo mais difícil do Flamengo neste ano.
Morais: 'A força da Fiel prevaleceu'
- Foi mais uma história em que a torcida prevaleceu com sua força. Não vimos nenhum torcedor indo embora ou deixando de cantar -
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Em entrevista, Wagner Diniz, fala um pouco de sua amizade com Morais
Você é muito amigo do Morais. Você tem conversado com ele?
Ele está muito bem, muito feliz. Estamos sempre em contato, falando sobre nós, sobre família. No fim do ano, ele vai casar. Telefonei para o Morais no domingo e ele me convidou para ser o padrinho dele. Fiquei feliz para caramba. Ele é um amigão e fiquei feliz por ter recebido esse convite.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Clube mostra as fotos em preto e branco dos atletas no ‘Timão é a sua cara’
Para o torcedor colocar sua foto na camisa tem de pagar o valor de R$ 1 mil. Até o momento, mais de 750 espaços foram comercializados de um total de 4.000. As vendas estão sendo feitas pelo site oficial do clube do Parque São Jorge.
Cada camisa, que será usada apenas pelos dez titulares de linha, terá um ídolo da Fiel como padrinho.
Corintianos reclamam dos treinos físicos e Trevisan responde
– Ele pega pesado demais com a rapaziada – afirmou um deles, que pediu para não ser identificado.
Coincidência ou não, o atacante Herrera sentiu um desconforto muscular na coxa direita, e precisou ser poupado no último sábado. Detalhe: o último jogo do Corinthians havia sido há sete dias, contra o Marília, em Londrina (PR). Quando o placar eletrônico do Pacaembu apontou Lulinha no lugar do argentino antes do jogo, o espanto foi geral entre os torcedores. Assim que subiu ao gramado do Pacaembu, Mano Menezes foi questionado pelos surpresos repórteres de rádio sobre a ausência do camisa 17.
– Poupamos para esse jogo para não corrermos o risco de perdê-lo até o final do ano – explicou o treinador.
Na sexta-feira pela manhã, o último treino realizado na Fazendinha não teve os poupados Herrera e Alessandro. Coube ao técnico comentar:
– O Alessandro sentiu um pouco as costas e Herrera teve um desconforto. Mas esperamos que não sejam desfalques para a partida de amanhã – afirmou Mano, que não teve Herrera diante do Santo André.
Um dia antes (quinta-feira), Trevisan havia feito um circuito na beira do gramado, com piques e alternância de exercício em cones e pequenos obstáculos. Os gritos do preparador chamaram a atenção. Flávio Trevisan, por sua vez, nega qualquer excesso nos exercícios.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Corinthians tenta manter Herrera, Diogo Rincon e Morais para 2009
O atacante Herrera e os meias Morais e Diogo Rincon podem deixar o clube. Mas o Timão não pretende se desfazer dos atletas. Herrera e Diogo têm os direitos federativos estimados no valor de R$ 14,3 milhões. Já Morais custa R$ 6,6 milhões. Esses valores podem aumentar, pois estão fixados em dólar, moeda que tem subido excessivamente.
A diretoria do Corinthians afirmou, há pouco tempo atrás, que não pagará os US$ 2,5 milhões (R$ 5,5 milhões) pedidos pelo Gimnasia de la Plata por Herrera. Os dirigentes também não concordar com o valor de US$ 4 milhões (R$ 8,8 milhões) pretendidos pelo Dínamo de Kiev por Diogo Rincón.
O clube paulista pretende negociar uma boa redução desses valores, para que os negócios possam ocorrer. Uma das possibilidades disso acontecer seria o fraco desempenho dos clubes ainda nesta temporada. Se o Gimnasia for rebaixado na Argentina e o Dínamo não permancecer na Liga dos Campeões, os preços devem diminuir.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Em entrevista, Morais fala de seu início e de sua saída do Vasco
Em entrevista exclusiva ao Pelé.Net, o camisa 9 do Corinthians contou como foi sua saída de São Januário, a pressão que sentia, a falta de confiança do elenco do Vasco e por que se esforçou tanto para trocar de clube rapidamente.
"A situação chegou a um ponto insuportável. Sair de casa todo dia era uma luta, então eu precisava ir embora, não tinha jeito", disse Morais. O meia, contudo, tem contrato por empréstimo com o Corinthians e ainda possui vínculo com a equipe carioca.
Cauteloso e sem saber o que acontecerá em seu futuro, ele evita fechar as portas sobre seu eventual retorno a São Januário. Mas seu bom momento atual, suas palavras e sua expressão quando questionado sobre sua vontade deixam claro que voltar para São Januário está longe de ser prioridade. Muito longe.
Na chegada ao Corinthians, você disse que não sentia mais alegria de jogar. Já recuperou essa alegria?
Claro. No Vasco estava muita pressão, era tudo em cima de mim. Quando o time perdia, era minha culpa. Quando ganhava, o mérito era de tudo mundo. Todos esperavam que eu pegasse a bola e driblasse todo mundo. Aqui é diferente. Tenho meu setor para preencher e quando não estou bem, outros decidem. Lá todos estavam pegando no meu pé, imprensa, torcedores...
Quando a situação ficou tão ruim para você lá?
Depois da eliminação na Copa do Brasil para o Sport. A gente perdeu nos pênaltis e eu fui substituído antes. Não quero 'tirar o meu da reta', mas no outro dia saíram matérias falando da minha relação com a torcida. Se em outro dia acontecesse algo pior comigo diretamente, a situação ficaria insuportável. Ali comecei a mexer meus pauzinhos para ir embora.
Mas você já estava com vontade de sair?
Minha intenção era esperar até a janela de dezembro, fazer um bom final de Brasileiro e ir para fora. Mas eu não estava me sentindo bem e não conseguiria aturar mais quatro, cinco meses daquele jeito. A gota d'água foi depois da derrota por 5 a 2 para o Santos. Eu estava suspenso e nem participei da partida, mas no outro dia a torcida veio para cima de mim. Aí decidi largar tudo. Se eu não jogo e todos já vêm me cobrar, no dia em que eu não fosse bem iriam querer me matar.
Está acompanhando o Vasco no Brasileiro e viu a polêmica envolvendo o Tita?
Tenho amigos lá e procuro saber como está a situação. O que aconteceu com o Tita foi muito chato. É complicado uma pessoa que já saiu e não pode fazer mais nada pelo time ficar falando mal de jogador que continua lá. Não vou criticar o Tita porque ele fez de tudo para que eu ficasse, mas é chato falar coisas depois de sair.
Nota da redação: Recentemente, Tita, ex-técnico do Vasco, disparou fortes críticas contra o ex-clube e chegou a dizer que o zagueiro Jorge Luiz não tinha condição de jogar no clube
Você acha que saiu na hora certa, então?
Não saí por causa do momento do Vasco, o time não estava nem na zona de rebaixamento. Saí pelo meu momento. Chegaria uma hora em que não conseguiria mais jogar futebol e isso é minha vida, a carreira é curta. Já estava havia dois, três meses sem jogar o que poderia, meu futebol estava caindo muito e percebi que precisava sair.
Você já disse estar feliz no Corinthians, mas seu empréstimo acaba em junho do ano que vem. Pretende voltar para o Vasco?
Essa é uma situação em que fico em cima do muro. Tenho contrato com o Vasco até 2011 e lá dei meus primeiros passos, cheguei com 13 anos. Mas estou muito feliz aqui e minha intenção é trabalhar forte para ficar no lugar onde me sinto bem. Hoje estou bem no Corinthians, então minha intenção é permanecer. Mas se acontecer de voltar para o Vasco, sou profissional.
Depois da eliminação do Vasco na Copa do Brasil, Morais decidiu deixar São Januário. Surgiram, então, três propostas: Corinthians, Palmeiras e Santos se interessaram pelo jogador. A primeira oferta era para jogar na Série B. As outras, para seguir na elite. Ele optou pela primeira. O esforço corintiano e a visibilidade do clube lhe convenceram.
Na segunda parte dessa entrevista exclusiva, Morais explica por que decidiu disputar a Segundona, projeta um reinício de carreira e também fala sobre a importância de sua família desde que passou a viver sozinho aos 13 anos para se dedicar ao futebol, deixando Maceió para atuar pelo Vasco.
Como foi a negociação com o Corinthians? Vocês chegaram a um acordo rapidamente?
Quando saiu na imprensa minha declaração dizendo que eu queria ir embora, começaram a aparecer propostas. Surgiram ofertas de clubes da Série A e do Corinthians. Antes de eu completar os sete jogos, eu tinha propostas de Palmeiras e Santos. Não pensei muito se era Série A ou B, o que coloquei na balança foram os clubes mesmo. Fiquei muito feliz com as ofertas, mas o Corinthians foi o que mais se interessou e falou diretamente comigo várias vezes.
O Corinthians tem atraído grande visibilidade na Série B. É uma boa chance de tentar se firmar como jogador acima da média?
Sem dúvida. Vim para cá para recomeçar. Quero mostrar tudo que já mostrei e mais. Minha idéia é terminar esse ano forte, aproveitar as férias para recarregar a energia e nos últimos seis meses de contrato voar em campo para deixar meu futuro nas mãos da diretoria.
É por isso que é possível ver você marcando bastante, algo que não acontecia tanto no Vasco?
Quando a cabeça não está boa, não tem jeito. No Vasco eu me desgastava muito, corria de um lado para o outro de maneira errada, até pela situação difícil. Parecia um juvenil correndo. Aqui eu tenho um setor específico e sobra até um gás extra.
E como foi a participação da sua família tanto nessa mudança de vida como na fase difícil no Vasco?
Estou distante da minha família desde os 13 anos, quando fui morar com 120 garotos no Vasco. Por isso valorizo muito as oportunidades que recebo na vida, cada treino, cada jogo. Se não estou feliz, peço para sair. Já pedi desculpas a meus companheiros diversas vezes, sou muito crítico. Tive uma infância muito boa e tive uma base muito boa, por isso agüentei tanto tempo longe de casa.
Seus pais te apoiaram quando você decidiu deixar Maceió e ir para o Rio de Janeiro jogar futebol?
Sim. Eu recebia ajuda de custo de R$ 80 do clube e quando dinheiro acabava ligava triste para meus pais avisando. Aí eles me ajudavam. Depois que virei profissional, minha mãe [Maria Aparecida] contou que meu pai [Manoel] disse um dia que poderia faltar tudo em casa, menos o telefone para poderem falar comigo. Tanto que as contas de telefone sempre foram muito grandes lá.
domingo, 5 de outubro de 2008
Morais esfria clima e garante paz com Alessandro: 'Continuamos amigos'
- Não teve nem muita conversa. A gente se falou, mas não tem nada. A cabeça fica quente por causa do jogo e, antes mesmo de saber o que ele tinha dito, eu já havia amenizado porque era questão da partida. Continuamos amigos. Tudo está tranqüilo – explica o ex-vascaíno.
Atuando ao lado de Douglas na armação das jogadas, Morais não acredita que esteja exagerando na individualidade durante as partidas e garante que vai manter a mesma forma de atuar nas próximas partidas.
- Não sou apenas eu que prendo a bola. Todo mundo que joga no ataque tem que tentar coisas diferentes para surpreender a defesa adversária. Mas, às vezes, não dá certo e acontece isso – completa.
Alessandro ainda não comentou o caso. Após a partida no Brinco de Ouro, o jogador foi rapidamente para o ônibus e, durante a semana, ainda não concedeu entrevistas, já que terá de cumprir suspensão diante do Marília, sábado, em Londrina.
Corinthians já planeja esquema menos ofensivo em 2009
Antes ainda de pensar da Primeira Divisão, o treinador do Corinthians teve que responder sobre o seu esquema após o empate contra o Marília, por 1 a 1, neste sábado. Questionado se a falta de marcadores no meio-de-campo não tinha ocasionado a pressão que o time sofreu do rival, a resposta foi em tom de irritação. "Aqui no Brasil é engraçado: se você joga com três volantes, é retranqueiro. Se joga com um e teu time tem uma atuação ruim e é pressionado, é porque você não marca. Nosso problema não foi o esquema. Foi a atuação individual dos atletas", explicou.
Se Mano prefere não comentar o possível esquema tático do Corinthians na Séria A de 2009, internamente essa questão é sim muito discutida. O objetivo corintiano não é segredo: conseguir uma vaga na Libertadores de 2010, ano do centenário do clube. Pensando nisso, o técnico corintiano e o diretor técnico Antonio Carlos concordam em um ponto: jogar com apenas um marcador de origem pode ser suicídio contra times de maior qualidade.
Uma boa possibilidade para 2009, por exemplo, é Cristian e Fabinho juntos em campo. Os dois são bons marcadores e têm qualidade para iniciar as jogadas. Fabinho atualmente se recupera de uma cirurgia e só retorna a campo em janeiro. A dificuldade seria em escolher quem sai. Se Elias é considerado o motorzinho do time, e Douglas o jogador de maior qualidade, na formação atual sobraria para Morais - que poderia jogar mais adiantado, principalmente se o argentino Herrera não renovar seu contrato.
sábado, 4 de outubro de 2008
Timão só empata, mas abre vantagem na ponta
O Corinthians foi até Londrina para enfrentar o Marília em partida válida pela 29ª rodada da Série B 2008. Ostentando uma invencibilidade de 11 jogos, o Timão buscava uma vitória para disparar ainda mais na liderança da competição, mas acabou tendo que se contentar com um empate. Mesmo assim, o alvinegro do Parque São Jorge aumentou para 12 pontos sua vantagem sobre o vice-líder e para 15 pontos a vantagem sobre o quinto colocado.
Depois de alguns minutos de atraso em virtude da forte chuva de granizo que caiu em Londrina, a partida começou com o Corinthians buscando o ataque e se aproveitando do nervosismo da equipe do Marília, que se encontra na zona de rebaixamento. Melhor em campo, o Timão abriu o placar aos 13min, com o aniversariante do dia Fábio Ferreira, que completou de cabeça uma falta cobrada pelo estreante Diogo.
Em vantagem no marcador, o Corinthians quase ampliou aos 31min, quando Douglas bateu de fora da área, mas acertou a trave. A partir daí, inexplicavelmente o Timão diminuiu seu ritmo na partida e aos poucos foi dando mais espaços para o Marília, que quase empatou aos 45min. Altair recebeu na entrada da área e soltou a bomba; Felipe fez uma defesa espetacular, a bola bateu no chão, no travessão e saiu.
Na segunda etapa, apesar das alterações do técnico Mano Menezes, o Corinthians não conseguiu voltar a crescer na partida. Melhor para o Marília, que se acalmou e conseguiu o empate aos 16min, com Altair completando de cabeça cruzamento da esquerda. Fim de jogo em Londrina: Marília 1 x 1 Corinthians.
O próximo desafio do Timão na Série B será no próximo sábado, no Pacaembu, contra o Santo André.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Com futuro incerto, meia Morais torce para Vasco escapar do rebaixamento
- Estou na torcida para que o Vasco não caia. Creio que não vá cair, mas não gosto nem de falar dessa situação. O time tem força suficiente para escapar. Tenho falado com alguns jogadores e todos estão focados para tirar a equipe da zona do rebaixamento – afirma.
Morais, aliás, já deixou claro que pretende continuar no Corinthians, sobretudo pelo clima ruim que deixou no Rio de Janeiro. O jogador acusa a torcida de perseguição e chegou a abandonar a concentração depois que alguns torcedores foram até o local cobrar um melhor desempenho da equipe.
O Corinthians também manifestou interesse em contratá-lo em definitivo. O Timão, porém, esbarra no valor pedido pelos cariocas: US$ 3 milhões. O clube admite que não tem o montante, mas o presidente Andrés Sanches confirmou que tentará angariar fundos para adquirir os direitos do meia.