quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Para ficar, Morais torce por queda do dólar e provoca: 'Vasco foi caridoso'

De calculadora na mão e olhos nas bolsas de valores. Assim está Morais. Seu empréstimo com o Corinthians termina só no meio de 2009, mas ele já está preocupado com a crise econômica mundial. Como sua multa fixada em contrato é em dólar, o camisa 9 mostra decepção com a desvalorização do real em relação à moeda norte-americana. E está antenado ao que acontece no mercado financeiro.

Se quiser seguir com Morais em seu elenco, o Corinthians precisará desembolsar US$ 3 milhões. Quando ele chegou do Vasco e a economia estava estável, o valor convertido não chegava a R$ 5 milhões. Hoje, a cifra saltaria para mais de R$ 6,5 milhões.

"Estou na torcida e fico ligado todo dia para ver se o dólar cai. Torço para os bancos comprarem muito dólar e para todo mundo viajar para também comprar dólar, aí o real vai dar uma valorizada. Ele já chegou a bater R$ 2,40, aí não dá", lamentou o atento Morais.

Mas toda a dedicação do armador não é por apreço ao mundo da economia. Em boa fase no Corinthians, Morais se define como um jogador feliz novamente. Dizendo-se perseguido por vascaínos e imprensa, ele pediu para deixar o clube carioca para buscar novos ares. E gostou de sua escolha.

"Aqui voltei a ser feliz, a acordar cedo louco para sair de casa e ir trabalhar, coisa que não acontecia mais no Vasco. Lá eu era o único que não prestava, não dava para entender", argumentou.

Com o ânimo renovado e desfrutando de prestígio com Mano Menezes, Morais agora só pensar em fazer um bom trabalho para continuar no Corinthians. Questionado se vale os US$ 3 milhões estabelecidos em contrato, o meia esbanjou bom humor. E classificou o valor como uma pechincha.

"Eu pagaria dez milhões de euros por mim. Minha mãe pagaria até mais. O Vasco foi até caridoso em deixar meu passe estipulado nesse valor. Sem dúvida, o Corinthians não pode deixar essa oportunidade passar", respondeu Morais, cheio de jogo de cintura.